quinta-feira, 25 de agosto de 2016

NÃO PODEMOS NEM DEVEMOS SER REFÉNS DA TECNOLOGIA

Quando você compra um produto, paga por TODOS os componentes.
NÃO É JUSTO que, quando queime um simples potenciômetro, resistor, ou outro pequeno componente destes produtos você tenha que pagar pela placa inteira, repleta de centenas de componentes bons pelos quais também pagou.
Por exemplo. A placa de fonte dos televisores. Normalmente, quando você leva o aparelho em uma oficina, pegou a moda do técnico informar que tem que trocar a placa inteira.
A placa é aberta e acredita-se que os técnicos tenham possibilidade de consertar a própria placa. Mas não é isso que ocorre. Eles alegam que se consertar o item específico, não vai funcionar e que é mais seguro substituir toda a placa. Alegam também que não existem componentes internos da placa para substituir (escolas técnicas, onde estão vocês?) E a placa velha vai para o LIXO, poluir nosso meio ambiente, além de causar enorme prejuízo ao consumidor. E observem que a placa de fonte pesa quase um kg e possui centenas de componentes bons.
Isto ocorreu quando paguei R$ 400,00 por uma placa que é considerada secundária em um televisor, a placa de fonte. Em um aparelho que custa aproximadamente R$ 1.800,00 novo, tive de pagar tudo isso para consertar.
Isto ocorre também com os produtos da linha branca. Eu levei uma secadora para conserto, e o técnico autorizado informou que eu deveria lhe pagar R$ 780,00 para substituição de placas e outros componentes, quando uma nova custa em torno de R$ 1.300,00. E eu vinha sempre fazendo a manutenção com regularidade. Neste caso eu mandei a lavadora velha para sucata, onde também irá provavelmente poluir o meio ambiente.
As impressoras, em que você paga por um cartucho que inclui a próprio cabeçote cada vez que acaba a tinta: você compra o cabeçote e depois é obrigado a jogá-lo fora (para onde vai?, provavelmente se somar à poluição do meio ambiente) apenas para recarregar a tinta com novo cabeçote (isto não é venda casada?).
Nos cosméticos, você às vezes se obriga a adquirir um kit para ter acesso ao produto que lhe interessa, que inclui outros itens de que não precisa (e olhem que algumas ditas boas marcas assim agem).
Eu particularmente fico alarmado com isso, mas vejo uma GRANDE OPORTUNIDADE para que a pequena indústria paralela desenvolva soluções para resolver estes casos em que o usuário/consumidor é feito refém dos produtos tecnológicos ou não. Na área de cartuchos para impressoras, embora você receba indevidamente xingamentos via internet dizendo que seu cartucho seria falso (travando a SUA impressora, em alguns casos), existe, felizmente, uma indústria incipiente, de tintas e remanufatura, desenvolvendo a substituição da tinta sem necessidade de trocar o cartucho, gerando muitos empregos.
A internet está cheia de reclamações e inclui as TV`s a cabo e por assinatura, em que você se vê obrigado a adotar “combos” com vários itens que não interessam ao usuário, sem possibilidade de escolha.
As concessionárias de telefone e internet também estão no caminho da monopolização em que o usuário já começou a pagar a conta do possível monopólio. Onde está o CADE?, para que existe?. Se a internet fosse de boa qualidade, mas isso não ocorre e somos vítimas de achaque diário das operadoras para mudar de pacote, com ameaça de redução da velocidade, quando o contrato não permite isso.

A situação é crítica, mas mostra uma grande oportunidade do Brasil para investir em tecnologia. Defendemos os grandes, médios e pequenos empreendedores, só não somos defensores de que o usuário/consumidor seja encurralado com kits, placas e pacotes que é obrigado a comprar para ter acesso ao item que necessita.

Falando em tecnologia, não deixemos que a realidade de certas redes sociais nos alienem do presente. Como? Eu diria que, antigamente o próximo era próximo, era presente. Hoje o distante é próximo, embora ausente e o próximo é zumbi de smartphone, estando também ausente. Conclusão: Vivemos em um falso individualismo em que as pessoas fingem que não interagem com as pessoas presentes, esquecendo que geralmente dependem dos presentes para viver.
#zumbiDeSmartphone
#monopólio
#cartel
#trusts
#IvoZanoni



Nenhum comentário:

Postar um comentário

seja bem vindo ao debate