sexta-feira, 30 de maio de 2014

O NADA

O NADA NÃO É NADA!

Existe uma polêmica filosófica sobre o real significado do nada. A pergunta que se faz é: Porque existe alguma coisa e não apenas o nada?.

Se Deus fez o mundo do nada, à luz da Física, seria porque o big bang se expandiu a partir de um ponto, que se esticou para o nada, então, do nada temos o universo em expansão, e também, além da expansão temos o nada.

A lógica matemática sugere que o nada poderia ser a circunferência de raio 0 (zero). Mas esta afirmação não passa de uma ficção. O próprio nada é uma ficção, pois que, por ser nada, em princípio, não existe.

Se o nada não existe, e nunca existiu, em tempo algum e lugar algum, não há porque nos preocuparmos com ele, poderíamos dizer que ele mesmo é uma ficção de nosso raciocínio. Será?

Nossa própria existência atesta a ausência do nada, no nosso espaço, claro, e, se existe o nada (existência do nada, será isto contraditório?), ele está além do espaço.

Se, para Einstein "Descartes não estava longe da verdade ao julgar que a existência de um espaço vazio deve ser rejeitada" (A teoria da relatividade - sobre a teoria da relatividade especial e geral), cujo núcleo da teoria é de que não existe espaço sem campo, realmente, não há campo depois do espaço.

Por outro lado, o telescópio mais potente e moderno de todos, lançado ao espaço, batizado de James Webb, da Nasa, revelou que, a partir de um certo ponto, nada existe, seria como uma parede, a partir da qual não há nem mesmo espaço, pois que o espaço está se expandindo. Expandindo para onde? só pode ser para o nada.

Uma outra visão seria a do ponto central de uma esfera, ou seja a esfera inicial de raio zero já referida, baseada na definição de círculo dada por Platão (Carta VII, 342a), de que círculo é aquilo que mantém das extremidades ao meio igual distância em toda parte. Neste ponto de partida, se Deus fez o mundo do nada, o nada seria este ponto central de tudo, sem objetos ao redor. O nada, então, repete-se, seria o ponto inicial do Big Bang, ou o ponto além do atual limite de expansão do universo, tendo-se em conta que ele se expande para o nada.

Há aqueles que afirmam  a existência de vários universos, quer dizer, se eles existirem, estão dentro do nada, se expandindo até o nada. Neste caso, o que separa os universos é o nada. 

Alguém pode dizer que o nada se situa depois do fim do universo, como já dito, além do seu limite de expansão, mas só o fato de atribuirmos a ele um endereço já significaria que ele está disfarçado de alguma coisa e não seria penas o nada? Logo, se o nada é nada, nada a ver...? Não, seria tudo a ver.

(BIBLIOGRAFIA: PLATÃO, Carta VII. EINSTEIN, Albert. Teoria da relatividade - a teoria da relatividade especial e geral. HOLT, Jim. Por que o mundo existe?)